quinta-feira, 7 de março de 2019

Eleições na Guiné-Bissau (parte1)

Realizam-se no próximo domingo as eleições legislativas na Guiné-Bissau.
A campanha eleitoral tem decorrido com normalidade e tem demonstrado aquilo que já sabemos, um povo sereno que espera há anos por dias melhores.
A classe política continua também a ser igual a si própria. O oportunismo de alguns leva a que a Guiné tenha um dos maiores números de partidos políticos por milhar de eleitores.
Muitos dos lideres desses partidos sabem que não vão conseguir eleger qualquer deputado mas concorrem apenas para oferecer os seus préstimos aos maiores partidos na esperança de receberem dinheiro e, quem sabe, um lugarzinho no governo, caso o partido que apoiam vença as eleições.
Este ano, e pela primeira vez na sua história, o PAIGC, partido que liderou o país desde a sua independência, efectuou acordos com pequenos partidos para assim tentar garantir uma maioria.
Esta atitude do líder do PAIGC vem demonstrar como o partido está fragmentado desde que o chamado grupo dos quinze, deputados que abandonaram o partido por não concordarem com a liderança de Domingos Simões Pereira e que posteriormente foram expulsos pelo mesmo, o que veio a enfraquecer o partido e o deixa agora à mercê de quem quer tirar proveito das suas debilidades.O reinado de Simões Pereira à frente do PAIGC tem sido muito controverso o que levou a situações de ruptura com diversos militantes carismáticos e até mesmo com o actual Presidente da República, o que motivou um choque entre ambos que se veio a reflectir no desempenho da actividade parlamentar tendo praticamente paralisado o país.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019



Muito se tem falado ultimamente sobre o bairro da Jamaica, situado no Seixal, maioritariamente ocupado por pessoas da comunidade africana residente em Portugal.
Os incidentes lá registados entre a polícia e alguns moradores deixaram de ser um caso isolado e localizado para se transformar num caso nacional.
Logo após os incidentes, efectuada uma analise mais cuidada, foi notório que ambas as partes cometeram alguns excessos que deverão ser analisados pelas autoridades competentes para que sejam devidamente sancionados para não voltarem a repetir-se, mas o pior estava porém para vir,
Aproveitando-se da situação logo apareceram os salvadores da pátria despejando ''bosta'' a torto e direito demonstrando uma enorme necessidade de protagonismo, talvez para passarem de assessores a candidatos a deputados.
Toda esta algazarra foi aproveitada por alguns indivíduos mal formados e, quem sabe, pagos, que se colaram aos moradores despejando todas as suas frustrações sobre património comunitário e privado de quem nada tinha a ver com o assunto.
Nos dias imediatamente a seguir houve um pouco de tudo, desde desfiles na Av. da Liberdade a todo o tipo de provocações e insultos à polícia mas o ponto alto de toda esta tramóia aconteceu quando o caso foi abordado na Assembleia da República. Aí as máscaras caíram e veio ao de cima o aproveitamento político de todo este imbróglio.






Como não podia deixar de ser a resposta veio de imediato.
Este artigo de opinião diz tudo

Daqui para a frente muitas leituras se fizeram e a polémica ameaçou eternizar-se não fosse uma visita surpresa ao bairro do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que viria a ser criticado pela organização de classe da polícia mas que na verdade serviu para arrefecer os ânimos até então exaltados e colocar um pouco de água na fervura.
O Presidente dos afectos demonstrou mais uma vez que é o Presidente de todos os portugueses e que está atento a tudo o que se passa no País.
As Greves em Portugal

Hoje, 15/2/2019, está a ser levada a cabo mais uma greve, neste caso da função pública.
O ensino e a saúde são para já os sectores mais afectados.
O povo português deve começar a pensar no que vai fazer para impedir que determinados indivíduos  com sede de protagonismo, que se auto intitulam como representantes de determinadas classes profissionais, nos voltem a arrastar para os pântanos da troika.
Portugal estava no bom caminho para que todos os portugueses tivessem dentro de poucos anos um nível de vida semelhante ao da média europeia mas, infelizmente, algumas classes, já de si privilegiadas, entenderam que é a altura certa para fazerem as suas exigências, esquecendo o resto do povo.
Quando um determinado governo aconselhou a juventude portuguesa a emigrar para outros países por não ter futuro no seu Portugal não houve greves, não houve protestos, não houve pseudo-dirigentes  sindicais irritados. Agora que o País está a pagar as dívidas provocadas pelos desmandos das classes que são dirigidas, por vezes, por profissionais falhados, que apenas conseguem emprego como dirigentes sindicais, e por banqueiros corruptos que, com a conivência de políticos desonestos,levaram diversos bancos à falência, surgem novamente os defensores dos coitadinhos a reivindicar benesses incomportáveis para um País que pretende erguer-se do lamaçal por eles causado.
Todos os portugueses que amam o seu País devem estar bem atentos para detectarem os financiamentos ilícitos de grevistas sem escrúpulos que não se preocupam minimamente com os mais desfavorecidos que mesmo estendendo a mão na rua não conseguem esmolas de milhares de euros.
As portuguesas e os portugueses não vão permitir que os poucos milhares de oportunistas levem, outra vez, um País de milhões a andar de mão estendida.

Desta vez não são Coisas da Terra nem Coisas da Gente mas sim coisas de alguma gentelha.

Fernando Gomes

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Continuando no dia dos namorados vamos lá a ver o que é o amor.
Podemos dizer que, o que vão ver a seguir, é a prova do verdadeiro amor entre o casal.




Coisas da Gente
O dia dos namorados já dá que falar em Moçambique.
África minha serás sempre diferente.
Coisas da Terra

domingo, 27 de janeiro de 2019


NOTA DE ABERTURA

  Há muito que penso criar um blogue, mas ........., não é que criar um blogue seja difícil, até porque pedi ao meu vizinho e amigo Filipe Governa para me ajudar nessa tarefa, o difícil é alimentar o blogue.
  Coloca-se então a questão, porquê e para quê ter um blogue?
  Durante mais de quarenta e seis anos vivi ligado de alma e coração a uma empresa de comunicação social, a RTP, onde cresci e aprendi tudo o que hoje sei sobre essa área tão importante na vida de um país democrático. Claro que quando para lá entrei a democracia ainda era um sonho que mais tarde se viria a transformar em realidade.
  Durante toda a minha vida profissional fui acumulando  experiências e conhecimentos, que se tornaram mais intensos nos últimos vinte e dois anos quando abracei a carreira profissional de jornalista, dos quais quinze em África, o que me permitiu um enriquecimento em diferentes áreas com uma visão mais abrangente, mais criteriosa e mesmo mais humanista do mundo, em particular do mundo africano. 
  Ora toda esta vivência ficou alojada até agora no meu interior e quando às vezes conto a um ou outro amigo alguma das peripécias por mim vividas  perguntam-me '....porque não escreves um livro?',
  Não quer dizer que não o venha a fazer, mas a ideia do blogue nasce, precisamente, para contar algumas estórias, que já poderão ou não, fazer parte da história dos diferentes países onde vivi durante alguns anos e, recolher também, o grau de aceitação de quem aqui as ler.
  Tento assim transmitir vivências passadas e também dar a conhecer algumas presentes, que me vão chegando através dos amigos que deixei em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, sem esquecer outras notícias que possam interessar a quem passe a consultar este blogue.
Grato desde já pela vossa atenção,
Fernando Gomes
(jornalista CP 5100 A)