Eleições na Guiné-Bissau (parte1)
Realizam-se no próximo domingo as eleições legislativas na Guiné-Bissau.
A campanha eleitoral tem decorrido com normalidade e tem demonstrado aquilo que já sabemos, um povo sereno que espera há anos por dias melhores.
A classe política continua também a ser igual a si própria. O oportunismo de alguns leva a que a Guiné tenha um dos maiores números de partidos políticos por milhar de eleitores.
Muitos dos lideres desses partidos sabem que não vão conseguir eleger qualquer deputado mas concorrem apenas para oferecer os seus préstimos aos maiores partidos na esperança de receberem dinheiro e, quem sabe, um lugarzinho no governo, caso o partido que apoiam vença as eleições.
Este ano, e pela primeira vez na sua história, o PAIGC, partido que liderou o país desde a sua independência, efectuou acordos com pequenos partidos para assim tentar garantir uma maioria.
Esta atitude do líder do PAIGC vem demonstrar como o partido está fragmentado desde que o chamado grupo dos quinze, deputados que abandonaram o partido por não concordarem com a liderança de Domingos Simões Pereira e que posteriormente foram expulsos pelo mesmo, o que veio a enfraquecer o partido e o deixa agora à mercê de quem quer tirar proveito das suas debilidades.O reinado de Simões Pereira à frente do PAIGC tem sido muito controverso o que levou a situações de ruptura com diversos militantes carismáticos e até mesmo com o actual Presidente da República, o que motivou um choque entre ambos que se veio a reflectir no desempenho da actividade parlamentar tendo praticamente paralisado o país.
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