PANDEMIA E TEIMOSIA
Como é do conhecimento geral a humanidade está a ser atacada por um inimigo que não olha a nomes nem ao dinheiro. Escusam de tentar subornar que não adianta. Se não tomarem as devidas precauções ele ataca mesmo e desconhecemos o resultado final, mesmo com o auxílio dos bons serviços dos profissionais de saúde.
E já que estamos a falar dos profissionais de saúde, estejam eles onde estiverem, aqui vai novamente a minha admiração e agradecimento a todos aqueles que, colocando em risco a sua própria vida, continuam dia e noite a zelar pela saúde de todos nós.
Também, como todos sabem, nunca ouvimos um profissional de saúde menosprezar esta pandemia que está a provocar milhares de vítimas mortais nos quatro cantos do mundo.
O perigo de infecção é bem real, a sua velocidade de propagação é enorme e a sua letalidade é tremenda.
Todo este preâmbulo bem a propósito de tudo o que observo directamente em Portugal, ou nos países africanos de expressão portuguesa, através das redes sociais.
No caso português a facilidade com que algumas pessoas, demonstrando um elevado sentido de irresponsabilidade, desrespeitam as leis criadas pelo governo, que têm como objectivo evitar o contágio através do contacto social, é aterrador, não só porque demonstram o desprezo que manifestam pelo seu semelhante mas principalmente pela ignorância que evidenciam.
Desde há muito que afirmo que a ignorância é a pior doença que o ser humano pode enfrentar e as atitudes de alguns vem confirmar a minha opinião.
Quem privilegia as festas de aniversário, os encontros com amigos, os bailaricos e todo o tipo de festas e reuniões por puro prazer, pode estar a assinar a sua sentença de morte e a das pessoas com quem convive.
Nos países africanos a situação não é diferente, embora aqui exista alguma falta de informação e sensibilização, já que é mais complexo fazer chegar a mensagem ao público alvo por falta de meios.
De qualquer forma é necessário estar permanentemente a analisar todo o processo e a sua envolvência, para efectuar alterações de estratégia, o mais rapidamente possível, desde que tal se justifique.
Em Angola as autoridades de defesa e segurança optaram por criar cercos sanitários aos bairros com mais infectados e uma atitude mais musculada para com os infractores, o que parece estar a resultar, basta analisar o baixo número de casos registados, do que ao Covid-19 diz respeito
Moçambique está com graves problemas, pois não está a conseguir ter uma política comum de ataque à pandemia, principalmente no norte do país onde não controla uma grande superfície, sistematicamente atacada pelos insurrectos do Daesch e sem resposta à altura das forças de defesa moçambicanas, que ninguém sabe onde param.
A Guiné-Bissau está a braços com uma contestação que tem origem na desinformação levada a cabo por quem ainda não conseguiu digerir a derrota na recente eleição presidencial.
Aproveitando a ignorância de alguns menos esclarecidos, manipulam os vendedores e compradores nos mercados, especialmente no Bandim, para criarem um clima de instabilidade.
A dinamização e activação de outros mercados, que se encontravam adormecidos ou mesmo desactivados, melhorou a situação mas é necessário tomar outras medidas já que neste momento a número de infectados aproxima-se do milhar.
Cabo Verde e São Tomé e Príncipe estão a lutar com todos os meios que dispõem e aparentam ter o controlo da situação.
Volto aqui a afirmar a necessidade das organizações internacionais apoiarem estes países, o mais urgente possível, pois caso contrário poderemos estar a assistir ao início de uma catástrofe sem precedentes.
União Africana, CEDEAO, CPLP. ONU, OMS, Caritas Internacional e muitas outras organizações, têm a obrigação humanitária de socorrer rapidamente o povo africano.
Se África foi o berço da Humanidade, não pode vir a ser o seu cemitério.
Coisas da Terra Coisas da Gente
Fernando Gomes
E já que estamos a falar dos profissionais de saúde, estejam eles onde estiverem, aqui vai novamente a minha admiração e agradecimento a todos aqueles que, colocando em risco a sua própria vida, continuam dia e noite a zelar pela saúde de todos nós.
Também, como todos sabem, nunca ouvimos um profissional de saúde menosprezar esta pandemia que está a provocar milhares de vítimas mortais nos quatro cantos do mundo.
O perigo de infecção é bem real, a sua velocidade de propagação é enorme e a sua letalidade é tremenda.
Todo este preâmbulo bem a propósito de tudo o que observo directamente em Portugal, ou nos países africanos de expressão portuguesa, através das redes sociais.
No caso português a facilidade com que algumas pessoas, demonstrando um elevado sentido de irresponsabilidade, desrespeitam as leis criadas pelo governo, que têm como objectivo evitar o contágio através do contacto social, é aterrador, não só porque demonstram o desprezo que manifestam pelo seu semelhante mas principalmente pela ignorância que evidenciam.
Desde há muito que afirmo que a ignorância é a pior doença que o ser humano pode enfrentar e as atitudes de alguns vem confirmar a minha opinião.
Quem privilegia as festas de aniversário, os encontros com amigos, os bailaricos e todo o tipo de festas e reuniões por puro prazer, pode estar a assinar a sua sentença de morte e a das pessoas com quem convive.
Nos países africanos a situação não é diferente, embora aqui exista alguma falta de informação e sensibilização, já que é mais complexo fazer chegar a mensagem ao público alvo por falta de meios.
De qualquer forma é necessário estar permanentemente a analisar todo o processo e a sua envolvência, para efectuar alterações de estratégia, o mais rapidamente possível, desde que tal se justifique.
Em Angola as autoridades de defesa e segurança optaram por criar cercos sanitários aos bairros com mais infectados e uma atitude mais musculada para com os infractores, o que parece estar a resultar, basta analisar o baixo número de casos registados, do que ao Covid-19 diz respeito
Moçambique está com graves problemas, pois não está a conseguir ter uma política comum de ataque à pandemia, principalmente no norte do país onde não controla uma grande superfície, sistematicamente atacada pelos insurrectos do Daesch e sem resposta à altura das forças de defesa moçambicanas, que ninguém sabe onde param.
A Guiné-Bissau está a braços com uma contestação que tem origem na desinformação levada a cabo por quem ainda não conseguiu digerir a derrota na recente eleição presidencial.
Aproveitando a ignorância de alguns menos esclarecidos, manipulam os vendedores e compradores nos mercados, especialmente no Bandim, para criarem um clima de instabilidade.
A dinamização e activação de outros mercados, que se encontravam adormecidos ou mesmo desactivados, melhorou a situação mas é necessário tomar outras medidas já que neste momento a número de infectados aproxima-se do milhar.
Cabo Verde e São Tomé e Príncipe estão a lutar com todos os meios que dispõem e aparentam ter o controlo da situação.
Volto aqui a afirmar a necessidade das organizações internacionais apoiarem estes países, o mais urgente possível, pois caso contrário poderemos estar a assistir ao início de uma catástrofe sem precedentes.
União Africana, CEDEAO, CPLP. ONU, OMS, Caritas Internacional e muitas outras organizações, têm a obrigação humanitária de socorrer rapidamente o povo africano.
Se África foi o berço da Humanidade, não pode vir a ser o seu cemitério.
Coisas da Terra Coisas da Gente
Fernando Gomes
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