domingo, 1 de março de 2020





GUINÉ-BISSAU

Análise  aos Primeiros Quatro Dias da Era Sisso


Quatro dias após ter tomado posse como Presidente da República já é possível perceber o Modus Operandi de Umaro Sissoco Embaló e traçar algumas comparações com o seus antecessores.
Se tivermos em atenção a Era JOMAV poderemos efectuar a seguinte comparação: JOMAV quando se apercebia da roubalheira que o governo estava a praticar fazia chamadas de atenção e caso não resultassem acabava por demitir o governo. Nos dias que se seguiam nomeava outro que passados cinco ou dez dias tomavam posse e ocupavam as instituições entretanto abandonadas pelo governo anterior, só que quando lá chegavam encontravam os cofres vazios e documentos comprometedores da roubalheira e má gestão nem vê-los.
Umaro deve ter analisado a situação e inverteu o processo. Destituiu Aristides Gomes, do que estava à espera se já anteriormente tinha anunciado que só continuaria como primeiro ministro com o candidato derrotado?, mas antes de fazer sair o decreto deu ordem às Forças Armadas para ocuparem os edifícios do Estado. Tal estratégia impediu o saque de última hora e também permitirá que alguma documentação incriminatória seja recuperada.
Outra determinação do novo PR tem a ver com a recuperação do património do Estado que era disponibilizado para os titulares de cargos públicos. Enquanto com os anteriores PRs os titulares de cargos do Estado apoderavam-se dos bens públicos quando por qualquer motivo se retiravam, o actual PR deu ordem para que esses bens sejam recuperados quando o funcionário termina a sua comissão ao serviço do Estado Guineense.
Numa simples frase parece que temos Homem.
Já agora o que faz o STJ? Continua a pensar? Ainda não chegou o tempo de clarificarem aquilo que alguns continuam a usar para criar a instabilidade e dividir o País? Enfim, devem ter aproveitado a confusão para irem de fim-de-semana alargado.
Coisas da Terra Coisas da Gente.
Fernando Gomes

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