GUINÉ-BISSAU
STJ A NOVELA
Já lá vão 84 dias após a CNE divulgar os primeiros resultados que deram a vitória ao candidato nº2 Umaro Sissoco Embaló.
Logo após começou a novela da contestação com a conivência do Supremo Tribunal de Justiça, STJ.
Dia após dia, semana após semana e, agora, mês após mês, o STJ continua a inventar todos os subterfúgios para justificar o injustificável.
A estratégia do STJ era a de arrastar indefinidamente a decisão sobre o candidato vencedor das eleições presidenciais e assim ir perpetuando no poder o governo de Aristides Gomes, controlado pelo conselheiro especial, DSP.
Quanto ao então Presidente da República, José Mário Vaz, não existia qualquer problema já que tinham conseguido que a CEDEAO lhe retirasse praticamente todos os poderes inerentes à presidência.
A investidura de Umaro Sissoco Embaló, no passado dia 27 de Fevereiro, foi um rude golpe na estratégia idealizada e agora os elementos do STJ não sabem o que fazer, já que assumiram compromissos que agora não conseguem cumprir.
Até quando vão inventar que não podem reunir no tribunal por estar cercado pelos militares? Será que andam com alucinações e já confundem os habituais seguranças com militares?
Até quando vão manter a novela para continuarem a dar à comunidade internacional uma imagem distorcida da realidade?
Creio que, agora, muitos dos que criticaram Sissoco Embaló por não ter ficado à espera das decisões do STJ, que nunca iriam chegar, já devem ter alterado o juízo que então fizeram.
Entretanto a comunidade internacional está a braços com um enorme problema, chamado coronavírus, enquanto a maior parte dos elementos que compõem o STJ vão fazendo a sua quarentena bem longe da Guiné-Bissau.
Coisas da Terra, Coisas da Gente
Fernando Gomes
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