sexta-feira, 6 de março de 2020

GUINÉ-BISSAU

A VERDADE DA MENTIRA

Fiquei hoje a saber, através do jornal "Público", que se serviu do Twitter do candidato derrotado  na segunda volta das eleições presidenciais, também não sabia que um jornal com o prestígio do "Público" redige notícias tendo como base informações recolhidas nas redes sociais, onde facilmente  o titular, quando lhe convém, argumenta que lhe piratearam a conta, mas isso são contas de outro rosário. Mas voltando ao assunto principal, o derrotado diz, segundo o "Público", que o "Golpe na Guiné-Bissau é uma nova investida narcomilitar".
Até dá um certo jeito arrastar os militares guineenses para o pântano da droga já que não ficaram do seu lado.
De facto é preciso muita desfaçatez para acusar quem quer que seja sobre este assunto, senão vejamos. 
Quem foi que nomeou como consultor um tal Zambrano, de nacionalidade colombiana, com direito a visto diplomático, que tem vários processos pendentes nos tribunais sul americanos por tráfico de droga e está referenciado pela polícia espanhola?
Quem facilitou a fuga do mesmo individuo e da sua mulher, quando a polícia judiciária guineense começou a apertar o cerco aos narcotraficantes, após a descoberta de centenas de quilos de cocaína?
Quem recusou liminarmente a construção, a custo zero para o governo guineense, de uma estação de radar para monitorizar os movimentos das embarcações que se aproximavam da costa guineense e entravam no estreito entre a ilha de Jeta e Caió?
Quem recusou a aquisição, igualmente a custo zero, de lanchas rápidas de fundo plano para interceptar as embarcações que transportam a droga?
Todas estas acções tinham como pano de fundo o governo de Aristides Gomes, cujo conselheiro especial, e que ordenava toda a estratégia governativa, era o candidato agora derrotado nas eleições presidenciais, mera coincidência.
Agora que Caió já está referenciada pela polícia guineense, que tal deslocar o local de descarga para a zona de Kabrousse? O local até está controlado por amigos de confiança, só que, agora existe um enorme problema, o governo é outro e não alinha, o Presidente da República usa todos os poderes que lhe são atribuídos pela Constituição e tem boas relações com o Presidente Senegalês, o STJ tem de tomar uma decisão sobre o processo eleitoral a curto prazo, pois está a ser pressionado pela comunidade internacional.
Ao ver a casa a ruir, e antes que fosse apanhado como o ministro das finanças, a melhor solução foi fugir para Portugal, onde tem alguns "amigos" a quem prometeu mundos e fundos, e levar a cabo uma estratégia de comunicação de crise aproveitando a necessidade de uma certa comunicação social privada, que não olha a meios para vender mais papel ou melhorar as audiências.
Uma coisa é certa a mentira tem a perna curta e tudo o que a comunicação social portuguesa possa dizer, apoiada ou não em afirmações de outrem, e que, coloquem em causa o honorabilidade de um País ou duma personalidade tem sempre o Direito de Resposta, desde que tal seja exigido pelo ou pelos visados.
Não será difícil desmascarar os mentirosos.
Coisas da Terra Coisas da Gente,
Fernando Gomes

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